quinta-feira, 29 de outubro de 2009

To voltando

É isso mesmo. To voltando.
O problema com o visto foi pior do que eu pensanva.
Saca só o que aconteceu: Os idiotas da AIESEC de Galati (meu CL Host) me pediram para eu vir sem o visto que quando eu estive-se aqui seria mais fácil consegui-lo e tudo mais. Para a minha surpresa, quando eu vou com os caras para tirar o visto eu descubro que os imbecis nem sequer tinham lido a porra da lei de imigração. E para o espanto meu, da família que me recebeu e dos idiotas da AIESEC eu NÂO POSSO tirar o visto aqui na Romênia. O visto de longa permanência deve ser tirado antes de sair do Brasil e não há santo que faça ele sair aqui.
Conclusão: nunca confie em seu CL Host. Os caras foram imcompetentes e eu inocente de ter acreditado cegamente neles.
A VP de OGX me falou: desculpe, nós não sabíamos e bla bla bla. Eu ainda estou tentando descobrir um modo de ferrar o CL deles mas ainda não descobri. Se alguém aí souber me avise porque eu tive que trancar a faculdade, larguei meu estágio, não aceitei uma proposta de efetivação na Natura,dei uma puta dor de cabeça pra minha mãe e ainda gastei uma grana que eu não tinha pra poder vir pra cá e por causa da incompetencia desses imbecis eu tenho que ir embora.
Apesar de o destino ter me dado essa rasteira ele também me estendeu a mão pra levantar. A família do moleque falou que vai bancar todas as despesas de viagem e de visto.
Então, senhoras e senhores, eu vol voltar pro Brasil, esperar o visto chegar e retornar pra Romênia a tempo de pegar o inverno dos caras. Enquanto isso eu revejo os amigos e mato saudade da família.
Assim que eu souber a data eu aviso.

Até logo

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Aprendendo a Viver










Antes que alguém diga alguma coisa esse título aí não é de alto ajuda não. Plagiei a obra mais famosa do filósofo romano Sêneca. Pra quem não sabe esse cara foi o tutor de Nero, o camarada que matou a própria mãe, ordenou que Sêneca suicida-se e viu Roma arder em chamas enquanto ele calmamente tocava sua arpa na segurança de seu palácio. Sêneca escreveu muita coisa interessante nesse livro e quem tiver a curiosidade, por favor, leia essa obra, garanto que não será perda de tempo. Citei esse livro porque minha estadia aqui me lembrou uma de suas frases: “ Eu não pertenço a um único lugar, o mundo inteiro é a minha pátria.” Pra falar a verdade eu ainda não sei se concordo ou discordo do pensamento do filósofo. Passei por situações interessantes aqui que até agora não desequilibraram a balança das decisões.
Estar em um outro país é com certeza uma experiência que todo ser humano deveria experimentar pelo menos uma vez na vida. Você experimenta duas sensações ao mesmo tempo: a de ser um completo estranho (pois você está imerso em uma outra cultura, com outros costumes e com uma língua diferente) e de fazer parte de uma coisa só ( pois todos são seres humanos, com os mesmos problemas, as mesmas angústias e com os mesmos sonhos).
Cada dia eu descubro mais sobre eu mesmo. Aprendi que não preciso de tanto dinheiro pra ser feliz, pois sou um cara de gostos simples ( gosto de leitura, música e artes marciais). Carros importados, restaurantes finos, roupas da moda, casas imponentes nada disso me traz a tranqüilidade que eu vivo buscando ( e só consegui perceber isso porque aqui eu tenho tudo aquilo que eu sempre “sonhei”).
Percebi que fazer amigos e saber cultivá-los é a melhor habilidade que alguém pode aprender . Venho de um país muito diferente da Romênia e mesmo assim estou conseguindo fazer amigos de verdade aqui ( pra vocês terem uma idéia teve um dia que eu não fui pro colégio e uma garota e um cara me ligaram pra perguntar se estava tudo bem e quando eu iria voltar e que eles estavam com saudades).
Aprendi que o melhor jeito de valorizar as coisas que você tem é perdendo tudo aquilo que você conseguiu. Essa semana quando eu voltei do colégio pra casa do moleque o pai dele me falou que eu estava com um problema com o meu passaporte: ele me disse que era impossível transformar um visto de turista em um visto de trabalho e que eu teria que deixar o país em três meses. Como eu estou ficando mais esperto por aqui ( Gará, Erica, Arquimedes e Taiada, vocês ficariam orgulhosos de me ver) eu entrei pessoalmente no site da embaixada para verificar a situação ( porque antes de deixar o país eu fui orientado pelo próprio pessoal da AIESEC da Romênia a entrar como turista e tirar o visto depois). As regras não estavam muito claras e lá fui eu pessoalmente no consulado pra tirar a situação a limpo ( o pessoal da AIESEC foi junto é claro). Os caras disseram que não há nenhum problema e amanhã eu vou levar todos os documentos no consulado. Bom, o que eu quero dizer com isso é que por um dia eu acreditei que eu teria que voltar bem mais cedo do que eu esperava, e só então eu fui perceber o quanto eu estou gostando de estar aqui e o quanto de tempo eu estou desperdiçando em atividades sem valor, isso abriu meus olhos de uma forma sem igual. E pra surpresa de vocês Sêneca já tinho dito tudo isso há mais de 2000 anos atrás: “A cada dia que vivemos é um passo a mais para a nossa morte”. Só quando sabemos a brevidade das coisas é que somos capazes de aproveitá-las da melhor maneira possível.
Apesar de estar cercado de pessoas eu ás vezes me sinto sozinho aqui. Sinto falta dos amigos em volta de uma mesa tomando uma cerveja, de tomar um açaí com o pessoal de São José, de conversar com minha mãe enquanto tomo café e ela vê novela, das noites de esquenta e de baladas que sempre trazem as mais loucas histórias e é claro: do velho e bom churrasco brasileiro. Mas uma coisa compensa a outra. Abração galera.

Diversão na terra do Drácula














Uma das vantegens de se trabalhar em uma escola é que você conhece vários lugares nas excursões escolares e nas bagunças com a molecada.
Fui em uma festa de formatura, escalei uma montanha, vi uma barragem, visitei um castelo, vi um jogo internacional de futebol, estive em dois mosteiros e pela primeira vez na minha vida eu presenciei a famosa "neve". É um bom começo pra quem está aqui a um mês e meio. Vamo que vamo!!

sábado, 10 de outubro de 2009

Um enredo bem mais que interessante

Bom, alguns de vocês me disseram que eu estava vivendo em um filme, agora eu realmente acredito. Pra quem está acompanhando essa história e achava o enredo interessante agora ele está melhor do que nunca.

Essa semana o moleque aprontou mais uma. Vamos lá. De vez em quando a dona do colégio dorme no internato e quando ela está la todo mundo tem que dormir ás 10:00 ( inclusive eu). Bom, estávamos no quarto e eu estava tentando ver um filme no computador e a molecada estava tocando o puteiro como sempre. Pra falar a verdade eu já me acostumei, até me sinto desconfortável quando está tudo em silêncio. Vou fazer um parênteses aqui, Arquimides e Taiada, vocês moraram comigo cerca de dois anos e meio, vocês, mais do que ninguém, sabem que eu sou um cara desorganizado, bagunceiro e barulhento. Imaginem um local onde eu sou o cara mais tranqüilo, o mais silencioso e o mais organizado. Difícil de acreditar né? Pois é. Este é o internato. Bom, continuando a história. Estavamos lá no quarto quando derrepente a dona do colégio ( Aurora) me entra de roupão, dá um tapa na cara do meu moleque, empurra um outro na cama, dá um esporro fenomenal, apaga a luz e vai embora. Fantástico né. Eu quase morri de dar risada. Me lembrou a cena de um filme. Pra quem já viu os 300 de Esparta, tem uma cena em que o Leonidas mata um monte de persas em câmera lenta. Foi igual no dormitório. Eu até criei um jargão que as crianças adoram: “ This is madness!. No! This is Aurora”.

Acontece que quando o Pai do moleque chegou, na sexta feira, pra levar a gente pra casa a mulher contou tudo pra ele. O moleque tomou o maior esporro e se trancou no quarto o resto do dia. Foi então que o Pai e a Mãe dele me chamaram pra conversar ( pelo tradutor on line). Eles me perguntaram qual era o comportamento do cara na escola e eu fui sincero e profissional, disse toda a verdade: ele briga com os colegas, não gosta de estudar, é rebelde com os professores e não sabe controlar o próprio dinheiro (é claro que omiti o fato de que ele fuma pra caralho, esse é o menor dos males). Então eles me perguntaram se o problema era a escola ou os amigos e eu disse que o problema era o próprio moleque. Então, pra minha surpresa, eles me fizeram a seguinte pergunta: “Como fazer pra melhor o comportamento dele?”. Olha essa cena! Um casal de 40 anos perguntando pra MIM o que eles devem fazer pra corrigir o moleque! PUTA QUE PARIU!! Como é que eu vou saber? Eu estou dando conselhos de como criar um filho!!! Dá pra acreditar? É claro que não dá pra acreditar!! Mas que porra de trabalho é esse afinal ? O casal está completamente perdido. Eles não sabem mais o que fazer e depositaram toda a confiança em mim. Em MIM. Mas o que é que eu estou fazendo aqui afinal? Falei pros pais que eu vou conversar com ele e tudo mais, mas eu só posso dar conselhos e impedir que ele machuque alguém no internato, não posso mudar o comportamento dele.

Bom, a história não acaba por aí não. Acontece que nessa sexta feira os tios deles vieram fazer uma visita. A prima dele veio também. Eles tem basicamente a mesma idade mas a menina é extremamente madura e consciente das coisas. Ela estuda canto em um conservatório e ficamos conversando a noite inteira. E o Sherlock Biffi aqui achou mais algumas pistas desse mistério. Ela me disse que os pais sempre quiseram arranjar alguém pra cuidar do moleque ( eles trabalham 14 horas por dia e nunca tiveram muito tempo pra cuidar dele. E adivinhe só, eles tentaram compensar a ausência dando tudo o que o moleque sempre quis. Aprendam essa lição galera, se vocês querem estragar alguém nunca digam NÃO a essa pessoa.). Descobri que o moleque foi expulso do ultimo colégio que ele freqüentou porque alguém filmou ele com uma garota no banheiro e colocou na internet; os pais foram processados por pornografia infantil e tiveram que pagar uma grana. Loucura essa história né. Bom, desde então o moleque não tem muitos amigos, os pais tentam cortar todos os tipos de amizade pensando que os amigos vão estragar o menino. E só agora eu me toquei que isso é verdade. O cara não tem um amigo verdadeiro. Eu sou o único e ainda estou sendo pago ( e muito bem diga-se de passagem)pra fazer isso!! Ah e tem mais!! Lembram aquela história que ele tinha uma irmã que morreu de câncer? Pois é. A maior mentira que ele já contou. A prima dele foi criada nessa casa desde criança e ela me confirmou que nunca ouve uma irmã nessa história. O pior é que todos os amigos dele no colégio confirmam a mesma história. Ou seja, ele espalhou pra todo mundo que tinha uma irmã e que ela morreu aos 21 anos vítima de câncer!! Mas porque diabos ele inventou isso? Mais um mistério que eu vou tentar desvendar. Até agora eu estou fazendo o jogo dele, finjo que acredito em tudo o que ele diz e tudo mais. Estou dando corda pra ele se enforcar sozinho, vamos ver até onde ele vai.

Pro pessoal da AIESEC que está doido comigo porque a descrição de professor de inglês era fachada não precisam ficar preocupados. Eu conversei com uma das professoras e ela vai me deixar das aulas de inglês, os alunos tem 4 e 5 anos de idade e eles me amam, fazer o que? Eu acho que tenho jeito com crianças ( e nem venham com aquela piadinha: “ è claro que você tem jeito com crianças, você é uma delas”). E além do mais eu estou aprendendo toda a estrutura curricular de um colégio de primeira ( a escola recebeu o melhor conceito do ministério da educação da Romênia), estou aprendendo como dar aulas, como ganhar a confiança das pessoas, como agregar valor em um negócio educacional, como fazer propaganda do seu serviço, como atrair mais clientes e até como criar um filho. Resumindo, essa EX saiu melhor que a encomenda: além de estar realizando a job description eu ainda estou aprendendo em como ajudar alguém com sérios problemas comportamentais. Bom, isso sem falar que convivo com lindas mulheres, uso jaquetas de couro e roupas finas, como do bom e do melhor e de quebra ainda dirijo um conversível nos finais de semana. Portanto sosseguem o facho aí que se eu precisar de ajuda eu grito.

La revedere

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Decisões....

A vida aqui parece um acampamento ou algo assim. De manhã eu vou pra escola e fico assistindo as aulas junto com eles e tento aprender romeno. A tarde eu saio pra correr na rua ou vou com os moleques pra algum lugar e a noite é festa. Tenho me divertido bastante, mas não foi exatamente pra isso que eu vim pra cá. Se eu fosse um dos professores do colégio isso aqui seria perfeito, mas meu trabalho é outro, vocês sabem muito bem.

Vejam só vocês qual é o meu trabalho, as funções são simples até:
1- Não deixar o moleque fumar
2- Não deixar o moleque beber
3- Não deixar o moleque brigar
4- Não deixar que ele ande com más companhias
5- Ajudar ele com o dever de casa
6- Ocupar o tempo livre dele com atividades extracurriculares ( música, esportes e essas coisas)

Bom, eu andei pensando bastante sobre isso e cheguei a algumas conclusões, vamos lá:

1- Não posso impedir ele de fumar, ele mesmo me disse que é um idiota, que cigarro não presta e tudo mais. Ele tem plena consciência dos malefícios do cigarro. E além do mais o pai dele fuma também (olha que belo exemplo). Se eu tentasse impedi-lo ele iria fumar escondido do mesmo jeito , ou seja, a tarefa número 1 não pode ser realizada.
2- Essa não é muito problema, o pai do garoto deixa ele beber em casa, ele só não pode beber na escola e pra falar verdade ele não gosta muito de beber então eu não preciso me preocupar com essa questão.
3- Essa é uma das únicas que eu consigo realizar com sucesso, já separei umas três ou quatro brigas que ele estava no meio ( isso só com ele, se for incluir os outros garotos eu já perdi a conta). Ele me respeita e eu exerço uma certa autoridade sobre ele, maior que a do pai pra falar a verdade; quando eu entro no meio da briga ele sabe que é pra parar (mesmo porque se ele não parar, eu quebro todo mundo nessa porra!)
4- Essa é a mais engraçada, o pai dele não precisa se preocupar com as “más companhias”. Os amigos deles são super gente fina e tudo mais. É o próprio garoto que tem problemas.
5- Essa eu realizaria com o maior prazer, mas eu nunca vi o safado estudando. Eu já disse isso mais de um milhão de vezes: “Se você quiser ajuda eu te ajudo”. Mas eu não posso obrigá-lo a sentar a bunda na cadeira e estudar.
6- Esta eu tenho realizado com sucesso, outro dia a gente saiu pra caminhar e pra variar eu dei uma de retardado. Entramos no meio de uma floresta, encontramos um túnel abandonado, saímos num lugar no meio do nada e encontramos um rio muito louco que tem uma ponte e da pra pular lá de cima.

Conclusão: na verdade eu não tenho trabalho. Todas as minhas supostas atividades dependem da boa vontade do moleque ( ou da minha força, mas eu não quero apelar pra esse método). Tipo, é muito legal ficar aqui, eu gosto do pessoal, gosto do moleque, bagunço a noite inteira e tudo mais. Em outras palavras, eu fui contratado pra corrigir um erro que foi cometido pelos pais dele. Os pais perderam uma filha de 21 anos (vítima de câncer ) e protegeram o moleque de mais. Os pais não tem autoridade sobre ele e ele não sabe ouvir a palavra “não”.
Há dois grandes problemas nisso tudo. O primeiro é que eu fui enganado, saí do meu país pra dar aula de inglês e não pra ser psicólogo. Segundo, os pais deles estão sendo enganados, eles simplesmente me deram um trabalho que eu não posso realizar. Não é justo com os pais eu permanecer aqui, eles simplesmente estão jogando dinheiro fora. Minha influência sobre o garoto é positiva, notei algumas melhoras nele, mas sinceramente, não sei se isso pode ser considerado um trabalho, estou sendo pago ( e bem pago) pra ser um irmão mais velho. Olha, eu faria isso de graça pelo garoto, o que eu quero é um trabalho de verdade, afinal eu vim aqui pra isso.
Pelo regulamento da AIESEC, quando as atividades a serem realizadas são muito diferentes das que estão no contrato, a organização daqui tem a responsabilidade de achar um outro emprego pra mim. Nesse final de semana vou ter uma conversa séria com a garota da organização que é responsável por mim aqui, vamos ver no que isso vai dar.

Se não pode com eles...ensine-os como é que se faz





Há um ditado brasileiro do qual eu gosto muito: “Ta inferno abrace o capeta”, mas aqui eu praticamente peguei o tinhoso no colo. Galera, sinceramente, eu cansei de fingir que sou um cara regrado, agüentei duas semanas e isso já foi bastante difícil. Simplesmente quebrei minha máscara e entrei de voadora com os dois pés nesse lugar. Quebrei todas as regras do internato, fiquei acordado até ás 3 da manhã fazendo festa com a molecada, brinquei de luta livre com todos os meninos, rolei na grama, falei palavrão, ou seja, fui simplesmente eu mesmo. Teve um dia aqui que eu amarrei uma toalha de mesa nas costas e saí pelos corredores gritando que eu era o superman, os moleques cascaram de dar risada (espera só até eles conhecerem o homem aranha). Se antes eles tinham simpatia por mim agora eles me amam. Ganhei até um apelido de uma das garotas, “Allan, the joy of the kids”, é só eu aparecer e a gritaria começa, eles querem brincar de luta livre, querem que eu ensine palavrões em português, querem me mostrar alguma coisa na cidade, querem que eu ensine algum golpe de judô, querem ouvir música brasileira no violão e tudo mais. Agora é possível ouvir gritos pelo internato como : “This is Sparta”, “Never surrender”, “ Puta que Pariu” e “ Para com essa porra moleque do caralho”.
O pessoal mais velho disse que eles tem sorte de ter um cara como eu aqui (me senti lisonjeado), eles me disseram que nunca tiveram alguém pra conversar sobre filosofia, literatura e religião; passei madrugada a dentro discutindo esse tipo de coisas com alguns deles e foi muito gratificante. Aprendi muita coisa sobre eles e sobre a Romênia também.
O pessoal aqui parece ter dupla personalidade, uma delas é totalmente retardada, só fazem merda e falam um monte de besteiras e a outra é extremamente séria e absurdamente inteligente, eu realmente gosto de conversar com eles e a conversa flui naturalmente. Lógico, eu perdi um pouco da minha sanidade mental aqui e agora eu também tenho uma outra personalidade ( que por sinal eles cascam de dar risada quando eu começo a interpretá-la). Eu finjo ser um serial killer que quer matar os garotos e enterrá-los no jardim, a vítima é escolhida pelas cartas de baralho, eu sorteio uma carta aleatória que corresponde a um dos moleques, então eu pego o objeto mais próximo e saio pra persegui-lo pelos corredores, ( a ultima vez foi com uma chapinha de uma das meninas).